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Niterói, RJ, Brazil
Estudante de Medicina Veterinária.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Dois Tipos de Degenerações

As degenerações são reversíveis até certo ponto. Elas podem ser locais, como a degenaração intracelular e a intersticial, ou substanciais.Elas podem ser de vários tipos, veremos agora dois tipos de degenerações: a degeneração por acúmulo de água e eletrólitos e a por acúmulo de lipídeos.
I) Degeneração por acúmulo e água e eletrólitos
1.1) Degeneração Hidrópica
Ocorre no meio intracelular. A etiopatogenia (causa e mecanismo) podem ser:
Uma alteração na produção de ATP
Ex: A hipóxia faz com que as células não produzam ATP de forma adequada.
Uma alteração na integridade da membrana citoplasmática
Ex:
O herpes vírus é epiteliotrópico (tropismo por células epiteliais), eles atravessam a membrana e utilizam a energia da célula
Nos dois exemplos citados há o comprometimento da bomba de sódio e potássio (Na e K, respectivamente). No funcionamento normal da célula encontramos o Na em maior quantidade no meio intracelular e o K no meio extracelular. Através da bomba de sódio e potássio a célula "joga" o Na para fora e o K para dentro. O problema é que o sódio entra de forma passiva e se a bomba não estiver funcionando, ele continua entrando e consequentemente, trazendo com ele, água. Ocorre então a degeneração hidrópica.
Alterações Morfológicas Macroscópicas: presença de vesículas e bolhas, aumento do orgão, aumento do peso, coloração mais clara, superfície de contato úmida e tensão na cápsula.
Alterações Morfológicas microscópicas: célula túrgida ou tumefeita (inchada), tumefação turva (inchada e com organelas dispersas) e com a evolução do processo podemos observar a presença de vacúolos (áreas que não se coram, devido a presença de água) e vesículas.
OBS: Vesículas são áreas delimitadas com líquido dentro e bolhas são vesículas maiores.
II) Degeneração por acúmulo de Lipídeos
2.1)Esteatose
Ocorre no meio intracelular e é caracterizada pelo acúmulo de Triglicerídeos. Ocorre principalmente no interior dos hepatócitos (células do fígado).
As gorduras chegam ao fígado na forma de AGL (ácidos graxos livres ) através do sangue. O AGL pode sofre conversão pelo fígado e gerar fosfolipídeo, oxidação e gerar colesterol e/ou esterificação e gerar triglicerídeos. O triglicerídeo se conjuga a uma apoproteína, essa conjugação passa a ser chamada de lipoproteína e esta vai para a circulação sanguínea.
Veremos agora como alguns fatores poderiam causar desequílíbrios a esse processo a ponto de causar a esteatose.
  • A diminuição de síntese proteica
    Com a diminuição de síntese proteica, ocorre a diminuição se síntese de apoproteína, diminuindo consequentemente a formação de lipoproteína, por falta de conjugação. Sem a conjugação não acontece a liberação dos triglicerídeos na corrente sanguínea e estes passam a se acumular na célula.
  • O aumento da estrificação ou seja, produção de triglicerídeos.
  • Falta de conjugação entre triglicerídeos e apopoteínas

O álcool por exemplo, é responsável por duas coisas : aumentar a esterificação e inibir a conjugação.

Alterações Morfológicas Macroscópicas: aumento do tamanho do órgão, diminuição do peso, cor amarelada e superfície de contato untuosa (gordurosa).
Alterações Morfológicas Microscópicas: presença de vacúolos, células em anel de sinete (Com o acúmulo de gordura o núcleo é deslocado para a periferia).

2.2) Lipidose
Pode ser tanto intracelular, como intersticial e a principal gordura acumulada nesse caso é o colesterol. A lipidose ocorre em quatro processos:

  • Xantomatoses:
    Acúmulo de gordura no tecido subcutâneo (frequente em aves).
  • Inflamações crônicas
  • processos neoplásicos
  • Aterosclerose: Depósito de colesterol na camada íntima das artérias. As artérias possuem as camadas, endotelial, íntima, média e adventícia.
    Etiopatogenia: Hipercolesterolemia (aumento de LDL no sangue). O LDL causa lesões as células endoletiais e como são de baixa densidade conseguem atravessar a camada endotelial e se depositar na íntima das artérias. Com o depósito, passamos então a fase ploriferativa, onde encontramos monócitos/macrófagos e plaquetas. Os macrófagos e plaquetas que migraram para o local da lesão, passam a liberar fatores de crescimento, que estimulam a ploriferação de músculo liso (presente na camada média) para a camada íntima. O músculo liso passa a liberar por sua vez, elastina, colágeno e proteoglicanas fazendo com que a parede da artéria continue crescendo. Essa mistura de gordura, célula e matriz extracelular pode acabar causando o entupimento, a aterosclerose.

sábado, 6 de março de 2010

Regras de Taxonomia


Regras:
1 – O nome dos animais devem ser escritos em latim (Lineu usou o latim, porque era a língua dos intelectuais em sua época).
2 – Todo animal tem obrigatoriamente dois nomes no mínimo. O primeiro é o do gênero e o segundo o da espécie (Sistema binominal criado por Lineu).
Ex: Homo sapiens
3 – O nome do gênero deve ser sempre escrito com inicial maiúscula, e o da espécie com inicial minúscula.
Ex: Trypanosoma cruzi
Quando se dá o nome especifico em homenagem a uma pessoa, como no exemplo acima, acrescentamos a letra i no sobrenome do homenageado se for do sexo masculino.
Ex: Carlos Bates = batesi.
Quando o Homenageado for feminino, acrescentamos ae no sobrenome.
Ex: Sônia Costa = costae
4 – Quando existe subespécie, o seu nome deve ser escrito depois do da espécie e sempre com inicial minúscula.
Ex: Rhea americana darwing ou Apis mellifera adansoni
5 – Quando existe subgênero o seu nome deve ser escrito depois do nome do gênero, entre parênteses, e sempre com inicial maiúscula.
Ex: Anofheles (nissurrhynchus) darlingi
6 – O nome dos animais devem ser grifados ou deve se usar um tipo de letra diferente do texto, em geral usa o negrito ou caracteres itálicos .
7 – Se um gênero ou espécie foi descrito mais de uma vez, deve-se sempre usar o primeiro nome que o animal foi descrito, mesmo que seja errado. É a lei da prioridade. Expl. Trichuris trichiura é conhecido também como tricocéfalo, em vista de ser usado durante muito tempo o nome Tricocephalus trichiuris. O nome mais antigo Trichuris - (thirix = cabelo; aura = cauda) significa cauda capilar . Quando se descobriu que a parte filiforme do verme correspondia à extremidade cefálica e não caudal, procurou-se mudar o nome para Trichocephalus, o que não é permitido pela regra da prioridade.
8 – Nos trabalhos científicos, depois do nome da espécie colocasse o nome do autor (o naturalista que a descreveu) e o ano da publicação do trabalho onde foi descrito. Expl. Triatoma infestans - Klug, 1834.
Obs: O nome do autor e data, citados entre parênteses, indicam que a espécie em questão foi descrita originalmente em gênero diversos do que aparece citado. Expl. Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909). Originalmente foi descrito como Schizotrypanum cruzi . Dias, em 1939 foi quem rivalidou.
9 – Tem terminações padronizadas as seguintes categorias : superfamilia (oidea), família (idae), subfamilia (inae) e tribo (ini). Expl. O pernilongo vetor da malária pertence a superfamilia Culicoidea , família Culicidae, subfamilia Culicinae e a tribo Anophelini.


Prof: Vini
Site: www.cursotendencia.com.br

Base inicial para Taxonomia


Taxonomia

A Taxonomia surgiu da necessidade de se elaborar um sistema de classificação natural, isto é, tentar agrupar os seres vivos de acordo com um grau de parentesco. Assim, começaram as classificações naturais e que atualmente contam com o auxílio da Anatomia e da Fisiologia Comparada, da Embriologia, da Paleontologia, da Genética de da Bioquímica.

A Classificação Atual
A classificação atual é uma adaptação dos sistema de Lineu.
O sistema proposto por Lineu continua sendo usado, acrescido de mais duas categorias: filo e família.



São 7,as unidades básicas de classificação.



  • REINO

  • FILO

  • CLASSE

  • ORDEM

  • FAMÍLIA

  • GÊNERO

  • ESPÉCIE

Na classificação encontramos também, sub-reinos, sub-filos, super classe, sub-ordem e etc. Essa é apenas uma base inicial para começarmos nosso estudo.
OBS: Para que essas divisões não sejam mais esquecidas, sugiro que vocês gravem essa palavra REFICOFAGE, são as iniciais em ordem de cada divisão.


Conceitos Básicos de Patologia Geral



Patologia é o estudo da doença, dessa forma, patologia geral é o estudo dos aspectos comuns às diferentes doenças.
Adaptação é a capacidade do organismo de produzir uma resposta para entrar em equilíbrio. Quando falta o equilíbrio, se instala a doença.

Os elementos de uma doença são:



  • etiologia ou agente etiológico

  • patogenia

  • alterações morfológicas (anatomia patológica)

  • alterações funcionais

  • sinais e sintomas

  • diagnóstico

  • prognóstico

  • tratamento

    A etiologia ou agente etiológico, é a causa da doença. Pode ser intrínseco, como por exemplo, sistema imunológico e genética ou extrínseco, como microorganismos, objetos cortantes etc. Perceba que o agente etiológico não precisa ser necessariamente um microorganismo. A patogenia é o mecanismo pelo qual a doença se manifesta, ou seja, expressa o modo pelo qual um agente patogênico, promove agressão a um organismo. As alterações morfológicas podem ser microscópicas ou macroscópicas. Os sinais,a nível clínico,significa que através da auscuta pulmonar, pressão arterial, temperatura corpórea o profissional de saúde consegue detectar problemas físicos.Os sintomas são descritos pelo paciente,no momento da anamnese. Diagnóstico, em medicina é a conclusão que se chega após um processo analítico de que se vale o especialista ao exame de uma doença ou de um quadro clínico. O prognóstico é a perspectiva do desenvolvimento da doença, ou seja, o que se espera dela. Pode ser favorável, reservado ou desfavorável.
    Vimos então que um processo patológico é um conjunto de alterações moleculares, morfológicas e ou funcionais que surgem nos tecidos após às agressões.
    O agente etiológico pode agir direta ou indiretamente, Agindo diretamente causa a lesão (ex: objeto cortante), já indiretamente, pode permitir que o organismo se adapte a ele e se não houver adaptação ocorre a lesão. A lesão pode ser reversível (retirando o agente etiológico, a célula volta ao normal) ou irreversível (morte da célula).
    A hipóxia é caracterizada pela baixa quantidade de oxigênio, um bom exemplo disso é a anemia. A anóxia é a ausência de oxigênio, um exemplo é o AVC causado por um ateroma (placa de gordura que se instala nas artérias), causando isquemia (bloqueio da passagem de sangue).
    Exemplos de agentes etiológicos:

  • privação de oxigênio

  • agentes físicos

  • agentes infecciosos

  • agentes químicos

  • reação imunológica

  • alterações genéticas

  • desequilíbrios nutricionais

    OBSERVAÇÕES:

  • A resposta celular a estímulos nocivos depende do tipo da lesão, sua duração e sua intensidade.

  • As consequências das lesões celulares dependem do tipo, estado e adaptabilidade da célula lesada (é diferente uma lesão na pele de uma no cérebro por exemplo).

  • As inter-relações entre os elementos estruturais e bioquímicos da célula, fazem com que a lesão produza efeitos secundários.

  • Sistemas intracelulares vulneráveis:
    Respiração aeróbica (ATP)
    Síntese de proteínas
    Preservação da integridade genética da célula

sexta-feira, 5 de março de 2010

Tireóide


A Tireóide é uma glândula composta por dois lobos ligados por um ístimo (faixa de tecido). A posição dela e o tamanho do ístimo variam entre as espécies. Nas aves a Tireóide fica próxima às seringes, devido a isso, quando esses animais possuem uma deficiência de iodo e a tireóide aumenta o seu tamanho, esta para de cantar. Histologicamente a tireóide é igual entre as espécies, variam apenas anatomicamente.
Os lobos são compostos por folículos, no interior desses folículos encontramos um material denominado colóide. Ao redor do folículo, encontramos uma camada de células, denominadas células foliculares. Encontramos também células ao redor, porém separadas do folículo, conhecidas como células parafoliculares.
As células foliculares produzem T3 e T4, enquanto que as parafoliculares produzem calcitonina.
A glândula Tireóide através das células foliculares capta grandes quantidades de iodo (escasso na circulação), o iodo é matéria prima para a produção desses hormônios (T3 eT4), essa captação é feita contra o gradiente de concentração. O iodo na circulação é encontrado na forma ionizada (iodeto), para que o iodo fique "aprisionado na célula", ela o modifica, oxidando-o (iodo zero). Essa oxidação é feita por uma enzima conhecida como tireoxidase. Percebemos então, que uma deficiência dessa enzima, comprometeria todo o sistema de produção desses hormônios.
A Tireóide não utiliza apenas o iodo como matéria-prima, utiliza também a Tirosina (aminoácido). A tirosina também é captada pelas células foliculares de forma ativa, por isso, para evitar que a tirosina captada saia novamente da célula, a glândula liga uma tirosina na outra, formando então uma proteína, a tireoglobulina. As proteínas não saem tão facilmente e ela pode então começar a trabalhar.
Após esse processo de captação, a tireoxidase começa a acrescentar iodo à Tireoglobulina (iodação da tireoglobulina). Em cada aminoácido pode ser acrescentado 1, 2 ou nenhum iodo. Ao acrescentar iodo ao aminoácido, a tireoxidade também torna algumas ligações entre as tirosinas mais fortes, impedindo-as de se desligarem esse processo ocorre aleatóriamente. Em alguns locais essa ligação mais forte é util, em outros não.
Concluimos até o momento que, a tireoxidase está envolvida em três importantes etapas: a oxidação do iodo, a iodação da tireoglobulina e na estabilização das ligações entre algumas tirosinas. Essas ligações estáveis são quebradas facilmente quando estão na circulação, pelo fígado por exemplo, mas a célula folicular não consegue fazer isso.
A Tireoglobulina iodada, com ligações estabilizadas, fica armazenada no colóide. Do colóide essa proteína e lançada no citoplasma das células foliculares, estas por sua vez, separam o que é útil para elas e o que não é, quebrando a molécula onde as ligações não estão estáveis.
Quando a molécula é quebrada, encontramos tirosinas sem nenhum iodo, com 1 iodo (MIT), com 2 (DIT), com 3 (T3) e com 4 (T4). As tirosinas com nenhum, 1 e 2 iodo, são reaproveitadas novamente como matéria prima, para a formação desses hormônios.
O T3 e o T4 não são proteicos e nem esteróides, mas, são hormônios e por isso são classificados como lipossolúveis. Possuem aminoácidos na sua formação, mas não são proteicos, pois a cadeia é muito pequena, composta apenas por dois aminoácidos e por isso não podem ser classificados como tal. Por serem lipossolúveis, não podem ser estocados. A tireóide porém, consegue estocar eles quase prontos, ou seja, a molécula inteira de tireoglobulina, quando essa molécula é quebrada esses hormônios vão para a circulação automaticamente.
Na circulação se ligam a uma proteína de transporte, que pode ser TBG e Pré-albumina (transporte exclusivo ao T3 e T4) ou a albumina (proteína plasmática inespecífica). Nem todas as espécies possuem o TBG, ex: gato doméstico. A maior parte desses hormônios são carreados por proteínas de transporte exclusivo, até por que a albumina pode se desligar do hormônio, caso encontre outra substância com maior afinidade.
Encontramos no sangue uma fração ligada a ptns e outra livre para atuar nas células. Mais de 90% está ligada, o que nos leva a concluir que esses hormônios ficam por bastante tempo na circulação. Por esse motivo um dia com uma alimentação pobre em iodo não causaria grandes impactos.
Como sabemos, os receptores para hormônios lipossolúveis estão no interior da célula. Quando esse tipo de hormônio entra na célula ele age diretamente no núcleo, "escolhendo" as sequências de DNA necessárias à produção de uma determinada proteína (processo mais demorado). Tanto T3 como T4 se ligam a célula, mas, só um deles faz com que ela trabalhe de fato. O T3 é o menos produzido, é ele que age realmente na célula. O T4 é o mais produzido, e chegando à célula ela decide se trabalha para ela ou não. Ela faz isso o convertendo em T3, ou seja, é uma decisão exclusiva de cada tecido, dependendo das suas necessidades. Basicamente, o T4 entra na cél. e pergunta se ela precisa de mais mão-de-obra, se precisar o T3 dá a ordem para ela transformar o T4 em T3. Ou essa transformação ocorre ou o T4 é convertido a uma forma inativa.
A função do T3 é aumentar o metabolismo, ele faz com que a cél. trabalhe muito, mas também com que ela gaste muita energia e para isso é necessário utilizar as reservas do organismo. Um orgão doente por exemplo, não dispõe de tanta energia, se eles gastarem suas reservas energéticas, eles morrem. Por isso, não ativam T4 com tanta frequência, inativam na maioria das vezes. O T3 mantém um metabolismo mínino (basal), por que menos pode afetar várias funções. Para aumentar o metabolismo acima do basal é necessário recrutar mais T4 e convertê-lo em T3.
Um bom exemplo é quando o organismo é infectado por um microorganismo. As células do tecido envolvido na atividade de recuperação (nesse caso, cél. de defesa), fazem essa transformação para trabalhar mais e solucionar o problema. Da mesma forma, atua nos neurônios, aumentando o impulso, e nas células musculares, aumentando a contração, entre outros.
Assim como ocorre o nanismo hipofisário (GH), pode ocorrer um nanismo não-hipofisário, já que o GH depende desses hormônios para atuar de forma adequada e vice-versa, já que atuam em conjunto.

GH e Prolactina



GH e Prolactina

O GH é o hormônio do Crescimento. A deficiência na sua produção em uma criança provoca Nanismo, e esse hormônio em grandes quantidades em uma criança provoca o Gigantismo. Quando o animal chega à fase adulta e a partir desse momento passa a produzir grandes quantidades desse hormônio, ele não vai crescer mais, mas, pode ter acromegalia (aumento das epífises).
A ação do GH faz com que o fígado produza substâncias denominadas Somatomedinas. Essas substâncias fazem o Feed Back negativo (inversamente proporcional) para o GH, ou seja, o aumento das Somatomedinas, diminuem a produção do GH, seja diretamente pela Adeno Hipófise (atuando sobre ela e consequentemente reduzindo a sua produção) ou indiretamente atuando no Hipotálamo, já que este produz o GH-IH (hormônio inibidor de GH que atua na Adeno hipófise, interrompendo sua produção). Os efeitos das Somatomedinas em pessoas saudáveis ainda estão sendo estudados.
A prolactina é um hormônio que promove para os envolvidos na prole um comportamento relacionado ao cuidado parental. Nas fêmeas de mamíferos é a responsável pela produção de leite. Nos peixes, o fato de subirem o rio para desovar, representa um comportamento parental, de cuidado, só que em menor grau, já que neste local os filhotes se desenvolvem melhor. Outro exemplo interessante é o caso dos lobos, em uma matilha apenas uma fêmea é capaz de reproduzir, é conhecida como fêmea alfa, mas, todas as fêmeas do grupo produzem leite, para preservar a prole caso a fêmea alfa venha a óbito.

Hipófise


Hipófise

A hipófise é dividida em Adeno Hipófise e Neuro Hipófise.

Neuro Hipófise

A Neuro Hipófise é constituída por neurônios neurosecretores, também conhecidos como neurônios especiais. São na verdade, axônios de neurônios do hipotálamo, ou seja, os neurônios especiais são uma "parte" dos neurônios do hipotálamo que passam por ela. Esses neurônios não estão ligados a outro neurônio ou a uma placa motora, mas sim, a um vaso sanguíneo, dessa forma o seu produto é lançado direto na circulação. A Neuro Hipófise faz a produção e estoque de hormônios proteicos. São eles ADH e OCITOCINA.Os neurônios que produzem ADH, são diferentes dos que produzem ocitocina, por isso recebem estímulos diferentes.


ADH
O ADH também citado por alguns livros como vasopressina, é responsável por reduzir a produção de urina. É liberado quando ocorre uma redução na pressão arterial (PA). Quando ocorre uma diminuição da PA, os baroreceptores localizados no átrios, aorta e carótidas emitem um estímulo nervoso que chega a Neuro Hipófise, fazendo com que ela libere o ADH estocado. Esse hormônio atua nos rins aumentando a reabsorção de água dos túbulos contornados distais, dessa forma aumentando a quantidade de água no vaso sanguíneo e consequentemente a PA.
OBS: Existem outros mecanismos envolvidos no controle da PA exercido por outros hormônios, como a diminuição do calibre do vaso, ou a reabsorção de sódio, que traz consequentemente com ele água, mas por enquanto estamos vendo apenas a função do ADH.

Curiosidades:
O Álcool afeta a produção de ADH, por isso a pessoa desidrata.
A diabete insipidus é provocada pela deficiência de ADH, fazendo com que o indivíduo urine muito. diabete insipidus= urina sem sabor. (exatamente, antigamente eles provavam a urina).

OCITOCINA

A ocitocina é produzida com a finalidade de atuar principalmente em dois momentos: promovendo a ejeção do leite e na hora do parto. Atua também de outras formas, mas não são suas principais funções, como por exemplo, na hora da expulsão do sptz no macho. Conforme aumenta o estímulo do filhorte no sugar da teta, aumenta ocitocina (feed back positivo).
Um animal pode estar amamentando um filhote com outro no útero, esse animal precisa da ocitocina para ejeção do leite, mas esse hormônio não atua no útero, promovendo o parto. Isso acontece por que os receptores uterinos só começam a parecer conforme se aproxima a hora do parto. Se isso não acontecesse, ocorreria o aborto.
OBS: As células que contraem para explusar o leite sob ação da ocitocina, são denominadas céls mioepliteliais.

Adeno Hipófise


A Adeno Hipófise possui uma relação direta com o Hipotálamo, através do sistema porta-hipofisário (vaso sanguíneo exclusivo entre eles). Através desse sistema tudo o que é produzido pelo Hipotálamo é primeiro oferecido a Adeno Hipófise, esta utiliza o que precisa e o que não é utilizado por ela permanece na circulação.



Os hormônios principais da Adeno Hipófise são:



  • ACTH (Hormônio Adenocorticotrófico)- atuação no córtex da adrenal

  • TSH (Hormônio Tireoestimulante)- atuação na tireóide

  • FSH (Hormônio Folículoestimulante)- atuação nas gônadas

  • LH (Hormônio Luteinizante)- atuação nas gônadas

  • GH ( Hormônio do Crescimento)- atua em quase todas as células

  • Prolactina- atua na glândula mamária
    OBS: O GH e a Prolactina são produzidos e lançados no sangue, não atuam em outra glândula.


Os principais hormônios do Hipotálamo são:



  • ACTH-RH (Hormônio Liberador de ACTH)

  • TSH-RH ou TRH (Hormônio Liberador de TSH)

  • GnRH (Hormônio Liberador de Gonadotrofinas)- estimula a produção de FSH e LH

  • GH-RH (Hormônio Liberador de GH)

  • GH-IH (Hormônio Inibidor de GH)

  • Dopamina (inibidor da prolactina)

Hormônios Proteicos e Esteróides

Endocrinologia

Os hormônios são substâncias produzidas pelo organismo e lançadas no sangue, responsáveis por estimular ou inibir uma determinada atividade. As glândulas (orgãos responsáveis por secretar substâncias) podem ser divididas em gl. endócrinas e exócrinas. As exócrinas lançam o seu produto no meio externo ou relacionado a ele, ex: gl. sudoríparas (produzem o suor). As endócrinas são as que produzem hormônios, são caracterizadas por lançar o seu produto no sangue. Também podemos encontrar glândulas envolvidas nas duas funções, essas são denominadas gls. mistas, como é o caso do pâncreas.
Entendemos então, que o hormônio é produzido por uma gl. endócrina que utiliza o sangue para chegar ao seu destino. Eles agem apenas em células que possuam receptor para eles.
Existem dois tipos principais de hormônios são eles: h. proteicos e esteróides.

Hormônios Proteicos

Os proteicos são formados por aminoácidos e são hidrossolúveis, devido a isso são transportados livremente na corrente sanguínea, ou seja, não necessitam de substâncias carreadoras e também não atravessam barreiras lipídicas, como a membrana celular sem o auxílio de um receptor. Quando o hormônio proteico se liga ao receptor da célula na membrana celular, ele ativa um 2 mensageiro (ex: cAmp - Amp cíclico, Inositol tri-fosfato - IP3 e Ca), que informam a cél o que ela deve realizar, ativando uma proteína para exercer uma função. Como exemplo disso, temos: A insulina chega a célula, esta células ativa uma proteína carreadora de glicose, que transporta a glicose que está com a insulina, da membrana para o interior da célula. Esse hormônio proteico transportado livremente na circulação precisa encontrar a células, caso contrário ele é destruído. Ex de hs. proteicos: glucagon, insulina, ocitocina.

Hormônios Esteróides

Os esteróides são derivados do colesterol. As células produtoras desse tipo de hormônio, utilizam o colesterol que fica estocado dentro de gotículas de lipídeos no interior da própria célula. O LDL é uma lipoproteína que tem como principal função transportar colesterol. Na microscopia as células produtoras são observadas com mitocôndrias bem desenvolvidas e muitas vesículas, as mitocôndrias são responsáveis por "quebrar" o colesterol que fica armazenado nessas vesículas.
Esse tipo de hormônio é lipossolúvel, por isso não podem ser estocados, pois a membrana celular é lipídica, fazendo com que eles consigam entrar e sair facilmente da célula, pelo fato da membrana não constituir uma barreira lipídica para eles. Por serem hidrofóbicos, na circulação se ligam a proteínas plasmáticas para serem mais facilmente transportados. Encontramos no sangue, uma porção ligada a proteínas e outra livre para atuar na célula. A porção ligada precisa primeiramente se desligar da proteína em questão, para poder exercer sua função.
Por ser lipossolúvel pode entrar na célula, atravessar a membrana nuclear (que também é lipídica) e atuar diretamente no núcleo, escolhendo no DNA a sequência necessária à produção da proteína que ele precisa. Os receptores para esse tipo de hormônio não estão na membrana celular, mas no interior da célula.

Diferenças entre esses tipos de hormônio

Se pararmos então para analisar as diferenças entre hormônios proteicos e esteróides perceberemos que o primeiro pode ser estocado, por isso está envolvido em atividades rápidas, como por exemplo a ocitocina envolvida na ejeção do leite e no momento do parto, a disponibilidade desse hormônio é muito rápida, por ser estocado, e os níveis dele também caem muito rápido por serem transportados livremente na circulação e portanto serem mais facilmente destruídos. Já os esteróides a disponibilidade é lenta, por que como não é-são armazenados, precisam primeiro ser produzidos, e seus níveis também demoram a cair, pois na circulação ele é transportado com auxílio de uma proteína e para atuar na célula, precisa primeiramente se desligar dela.
OBS: O hormônio livre, pode agir na célula, mas pode também ser destruído com mais facilidade. O ligado a uma proteína não consegue agir na célula, mas também não é destruído.
Há algumas exceções, alguns hormônios não são classificados nem como proteicos e nem como esteróides, mas são considerados hormônios por agirem como tal. Por pertencerem a essa categoria são também classificados como lipossolúveis e hidrossolúveis.

Mecanismo de controle dos hormônios

O controle é feito por Feed Back, também conhecido como retroalimentação. É um mecanismo de controle sobre a atividade de uma glândula, que ocorre de acordo com a concentração de uma determinada substância na circulação. Existem dois tipos de Feed Back, o negativo e o positivo. O positivo ocorre toda vez que há estímulos diretamente proporcionais, por exemplo, quando a glicose aumenta no sangue a insulina também aumenta, quando a glicose diminui, a insulina também diminui. O Feed Back negativo ocorre quando os estímulos são contrários, ou seja inversamente proporcionais, por exemplo, quando o Ca aumenta o Paratohormônio diminui, e quando o Ca diminui o Paratohormônio aumenta, o mesmo exemplo se aplica a glicose e o glucagon.